Segundo Paulo Freire, a formação do profissional da educação deve ser um exercício de criticidade e superação da consciência ingênua, pautada na reflexão e busca constante de mais formação. A responsabilidade de ser educador passa por questões como "Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar". (Freire, 1997, pág. 46).
Edgar Morin faz uma importante crítica aos saberes fragmentados e a estruturação dos currículos compartimentados. Considera que o conjunto beneficia o ensino contextualizando o saber. Neste sentido o conhecimento interdisciplinar deve trazer consigo uma lógica da descoberta, uma abertura recíproca, uma comunicação entre os domínios do saber. Considerando que o desenvolvimento do conhecimento está relacionado com a constante reinvenção de formulações teóricas e críticas, Feyerabend aposta na interdisciplinaridade como uma proposta contemporânea que abarca a discussão dos pontos fortes e fracos de qualquer teoria, e esse debate deve ser realizado sem qualquer conjunto de regras predeterminadas.
Antônio Nóvoa também considera que o professor deve ser um ser reflexivo, que pensa sobre seu fazer, que a prática pedagógica do professor pode transformar-se em conhecimento se passar por uma contínua reflexão. A escola é um espaço privilegiado para a construção do saber pedagógico se estiver ancorado em uma análise sistemática da prática profissional.
Para Tania Marques ser professor é ser pesquisador, e deve pautar sua prática questões como 'se ensina, ensina o que? a quem? por que predende ensinar? como vai ensinar? ensina da mesma forma à todos? todos tem a mesma motivação para aprender? como aprendeu? todos vão aprender do mesmo jeito?'. Essas são questões essenciais a vida do profissional da educação, a partir destes questionamentos, desta pesquisa sobre a prática pedagógica que vamos apreender a ter condições de ajudar o aluno aprender, pensando o aluno a partir do aluno e não de si próprio.
Na perspectiva de John Dewey não há separação entre a vida e a educação, não devemos pensar o aluno como sujeito que está sendo educado para o futuro, mas para o agora, pois a vida é agora. Essa idéia nos reporta às ações que podem ser efetuadas já, e a questionamentos como o que podemos realizar agora em prol das transformações que queremos para a sociedade e o mundo no qual estamos inseridos. Neste sentido a educação é um fato existencial; refere-se ao modo como o homem se faz homem, por si mesmo e pelas ações exteriores que sofre. É um fato de ordem consciente, é determinada pelo grau alcançado pela consciência social e objetiva suscitar no educando a consciência de si mesmo e do mundo.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Algumas idéias importantes na constituição do 'ser professor'.
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