quinta-feira, 20 de agosto de 2009

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - EDUCAR PARA QUÊ? COM QUAIS FINALIDADES?

A finalidade da educação se confunde com a finalidade da vida. E o que desejamos é uma vida melhor e mais plena, onde a única finalidade da vida é mais vida, mais liberdade e mais felicidade. (Anísio Teixeira, 2000).

Para Morin (2000, p. 93), educar para a compreensão humana é a missão propriamente espiritual da educação, “... ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade.” Não desconsiderando que a grande rede de comunicação triunfa no planeta, proporcionando progresso, o avanço da incompreensão revela-se ainda maior.

Neste sentido, Marques (1990), considera a educação como fenômeno primordial e básico da vida humana em todas as suas fases e situações. O homem como ser inacabado que constrói a si mesmo e ao seu mundo, deve assumir a responsabilidade sobre sua obra, tomando em suas mãos a tarefa de organizar a própria vida, isto é o que denomina-se educação. “Tarefa intransferível no sentido de que ninguém educa ninguém, mas tarefa solidária no sentido de que os homens em sociedade se educam e organizam as condições e situações da própria educação, conduzem as políticas de educação.” (p.51).

O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço de convivência. O educar ocorre, portanto, todo o tempo e de maneira recíproca. Ocorre como uma transformação estrutural contingente com uma história no conviver, e o resultado disso é que as pessoas aprendem a viver de uma maneira que se configura de acordo com o conviver da comunidade em que vivem. (Maturana,1998, p.29).

“Em sentido amplo a educação diz respeito à existência humana em toda a sua duração e em todos os seus aspectos.” (Pinto,1997). É um processo contínuo, para toda a vida, que faz da comunidade em que vivemos um mundo espontaneamente conservador, no qual seus efeitos têm longa duração e não mudam facilmente.

De acordo com Arroyo (1991), o papel social da educação é marcado por concepções conflitantes e contraditórias, onde por trás dos ideários e concepções pedagógicas que sustentam as práticas educativas, há uma visão de processo histórico, uma compreensão de ser humano e de seu papel na história, que remetem para processos transformadores ou reificadores da sociedade.

Neste sentido, Conceição Paludo considera que:

"A educação como prática social instituída ou não, agora como em outros tempos, vincula-se aos processos econômicos, já que articula-se às necessidades de reprodução material de existência numa perspectiva de concordância ou não com o modo como é organizada na sociedade; aos processos políticos, porque legitima ou não o ordenamento social; e aos processos culturais e ideológicos, visto que dissemina ou contrapõe-se aos valores hegemônicos." (Paludo, 2001, p. 203).

domingo, 2 de agosto de 2009

Trajetória e políticas para o ensino das artes no Brasil

volume 11: Trajetória e Políticas para o Ensino das Artes no Brasil: anais da XV CONFAEB
Publicações MEC: "volume 11: Trajetória e Políticas para o Ensino das Artes no Brasil: anais da XV CONFAEB"

Educação como exercício de diversidade.

Selecionei esta publicação do site do MEC a fim de contribuir como referencial teórico na discussão sobre a diversidade na escola, assunto pertinente e extremamente necessário na atualidade, pois a realidade nos coloca frente a um exponencial de diversidades diariamente em nossas salas de aula.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=647&Itemid=

Porque um Blog Portfólio?

Como acadêmica de EAD do Curso de Artes Visuais/UFRGS, a criação deste blog de estudos tem por objetivo a construção de um portfólio que possa documentar o processo de formação do conhecimento, vinculado à disciplina Seminário Integrador I: Ser professor no contexto atual.
A utilização do portfólio como instrumento de avaliação, tem sido considerada como prática que une a avaliação e a reflexão, relacionando-as a fim de proporcionar um aperfeiçoamento dos sistemas de avaliação, promovendo, também, a prática da auto-avaliação.
Este recurso favorece uma renovação no sistema de avaliação e aperfeiçoameto da prática pedagógica docente, a medida que incorpora a contribuição de outros autores, vinculados ao processo ou não; proporcionando uma reflexão crítica sistemática do professor sobre sua prática e sua filosofia de ensino.
A educação é um processo exponencial, multiplica-se por si mesma, com sua própria realização. Quanto mais educado, mais necessita o homem educar-se e exige mais educação.
Neste sentido a construção do portfólio pelo professor-pesquisador, constitui-se em um espaço de produção de conhecimentos, novas práticas pedagógicas e teorias de sua própria ação, possibilitando o desenvolvimento da construção teórica e prática da avaliação, com a intenção de superar a avaliação de caráter classificatório e excludente.
Segundo Villas Boas (2001), o trabalho com o portfólio apoia-se em seis princípios básicos:
  • a construção pelo próprio aluno
  • a reflexão sobre a produção
  • a criatividade
  • a auto-avaliação
  • a parceria professor-aluno, aluno-aluno...
  • a autonomia perante o trabalho.
  • O portfólio registra como vai se construindo o conhecimento e como vai se efetuando a aprendizagem, que é um processo individual diferenciado e único, tornado-se um instrumento de avaliação para a aprendizagem.